sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ICE pelo Direito à Agua - faltam 10 dias

Faltam apenas 10 dias para acabar a angariação de assinaturas da Iniciativa de Cidadania Europeia pelo Direito à Agua (http://www.right2water.eu/), pois a recolha encerra a 9 de setembro.  Apesar de já terem sido recolhidas quase 1,8 milhões de assinaturas,  o número mínimo exigido para Portugal é de 16.500, tendo sido recolhidas, até 28 de agosto, 11.597 (ver tabela aqui). 

legislação para permitir a privatização da água já chegou a Portugal! Para manifestarmos a nossa vontade à Comissão Europeia para que proponha legislação que implemente o direito humano à água e ao saneamento, tal como reconhecido pelas Nações Unidas, e promova o suprimento de água e saneamento como serviços públicos essenciais para todos, apelo novamente à assinatura e divulgação desta ICE. Se tem dúvidas, não deixe de ver este vídeo e o filme Ouro Azul (aqui).

Se concorda que a Água é um Direito, assine a ICE, online ou em papel, e não se esqueça de divulgar, já que os meios de comunicação de massas escondem este tema!

---> online (instruções retiradas daqui):
  • 1) clicar no link https://signature.right2water.eu/oct-web-public/?lang=pt
  • 2) clicar onde diz "apoiar" (está na barra azul)
  • 3) Selecione o país "Portugal"
  • 4) Escolha o tipo de documento ( Bilhete de identidade, Cartão de Cidadão ou Passaporte )
  • 5) Escrever o número de identificação que consta do bilhete de identidade, cartão de cidadão ou passaporte (Nota importante: é necessário introduzir o número completo do documento de identificação, incluindo o(s) dígito(s) de controlo, conforme indica a imagem ao lado).
  • 6) Escrever o nome completo 
  • 7) Escrever apenas o apelido
  • 8 ) Escrever a data de nascimento (dia, mês e ano)
  • 9) Escrever a sua nacionalidade
  • 10) Clicar nos dois quadraditos que aparecem no fim, certificando que está a votar apenas uma vez e que declara ter tomado conhecimento da declaração de privacidade
  • 11) Inserir os caracteres que vê na imagem 
  • RELER TUDO PARA CONFIRMAR QUE NÃO SE ENGANOU EM NADA 
  • 12) clicar Enviar
---> em papel:

«Dia 9 de setembro vamos encerrar a recolha de assinaturas da primeira Iniciativa de Cidadãos Europeus "Right to Water".
Nestes últimos 10 dias, os esforços continuam para alcançar o maior número de assinaturas possível. Já foi ultrapassado o limiar mínimo em doze países da Europa e estamos tão perto de o alcançar em Portugal, ao lado da Hungria, Suécia, Chipre e França.
Se o conseguirmos, teremos o apoio de um número muito significativo de cidadãos em 17 países da UE. Isso seria um sucesso fabuloso e por isso a nossa última chamada é especialmente a todos portugueses, húngaros, suecos, franceses e cipriotas para assinar a petição em www.right2water.eu!
Concretamente em Portugal faltam-nos 4.900 assinaturas para conseguirmos alcançar o mínimo exigido: 16.500 assinaturas.
Dia 10 de setembro vamos começar a entregar as assinaturas às autoridades nacionais para verificação. Dentro de três meses será informado o número final de assinaturas válidas e em seguida teremos uma audiência no Parlamento Europeu, seguido por uma resposta da Comissão Europeia. O nosso objetivo é anunciar um resultado positivo para a campanha "Right to Water" no Dia dos Direitos Humanos: 10 de Dezembro.»   (Fonte: E-mail da OIKOS de 30/8/2013)


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Samsara

Depois de Baraka (1992), chegou Samsara (2012), dos mesmos criadores,  Ron Fricke (realizador) e Mark Magidson (produtor).

O filme foi rodado em 25 países, ao longo de 5 anos.



(Ou ver aqui em caso de indisponibilidade do vídeo incorporado acima 

Duas frases me ocorrem depois de ver este filme:

Não deve ter havido tempos em que a escravatura fosse tão abrangente. A globalização da escravidão.

O ser humano é capaz do melhor e do pior. Porque não escolher escolher o melhor?

domingo, 25 de agosto de 2013

Um Mundo Sedento

Um Mundo Sedento ou A Sede do Mundo (La Soif du Monde ou A Thirsty World) ou é um documentário (2012) de Yann Arthus Bertrand (o realizador de HOME, o mundo é a nossa casa) sobre a ÁGUA, hoje o recurso natural mais precioso do nosso planeta. Podem ver o trailer, que corresponde aos primeiros 5 minutos do filme, abaixo ou  aqui (em inglês), aqui (em francês), ou com legendas em português aqui.

O direito à água potável é universal, mas tal não é o que acontece na realidade. As guerras pela água suceder-se-ão à medida que este recurso se vai tornando mais escasso.


(Versão completa do documentário com locução em francês e legendas em turco aqui)

Iniciativa Europeia de Cidadãos pelo Direito à Agua

Faltam apenas 15 dias para acabar a angariação de assinaturas da Iniciativa de Cidadania Europeia (ICE) pelo Direito à Agua ( http://www.right2water.eu/), pois a recolha encerra a 9 de setembro.  Apesar de já terem sido recolhidas mais de 1,7 milhões de assinaturas,  o número mínimo exigido para Portugal é de 16.500, tendo sido recolhidas, até 20 de agosto, 10.861 (ver tabela aqui).


É que a legislação para permitir a privatização da água já chegou a Portugal! Para que a água na Europa seja pública e de gestão pública, volto a apelar à assinatura e divulgação desta ICE.

Faltam duas semanas e faltam ainda mais de 5 mil assinaturas em Portugal. Por isso, se concorda que a Água é um Direito, assine a ICE, online ou em papel, e não se esqueça de divulgar, pois este não é assunto que os meios de comunicação de massas se atrevam a falar!

online (instruções retiradas daqui):
  • 1) clicar no link https://signature.right2water.eu/oct-web-public/?lang=pt
  • 2) clicar onde diz "apoiar" (está na barra azul)
  • 3) Selecione o país "Portugal"
  • 4) Escolha o tipo de documento ( Bilhete de identidade, Cartão de Cidadão ou Passaporte )
  • 5) Escrever o número de identificação que consta do bilhete de identidade, cartão de cidadão ou passaporte (Nota importante: é necessário introduzir o número completo do documento de identificação, incluindo o(s) dígito(s) de controlo, conforme indica a imagem ao lado).
  • 6) Escrever o nome completo 
  • 7) Escrever apenas o apelido
  • 8 ) Escrever a data de nascimento (dia, mês e ano)
  • 9) Escrever a sua nacionalidade
  • 10) Clicar nos dois quadraditos que aparecem no fim, certificando que está a votar apenas uma vez e que declara ter tomado conhecimento da declaração de privacidade
  • 11) Inserir os caracteres que vê na imagem 
  • RELER TUDO PARA CONFIRMAR QUE NÃO SE ENGANOU EM NADA 
  • 12) clicar Enviar
em papel:

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

É impossível continuar assim!

Imagem obtida aqui 
Em 2013, 20 de Agosto foi o Earth Overshoot Day *(Dia da Sobrecarga), o que significa que em menos de 8 meses se consumiram os recursos do nosso planeta que deveriam durar pelo menos um ano para que pudessem ser repostos (e muitos deles sem reposição possível...), ou que, ao ritmo de consumo actual, precisamos de uma Terra e meia... No resto do ano, estamos em deficit ecológico, em dívida com a Terra e com as gerações futuras.

De um modo geral, o dia da sobrecarga acontece mais cedo cada ano, o que significa que estamos mesmo no mau caminho... num caminho sem saída airosa possível (em 2011 foi a 27 de Setembro, ver aqui), endividando e negando o futuro às próximas gerações!

Uma revolução é precisa e urgente, mas essa revolução tem de começar em cada um de nós, como diz Yann Arthus Bertrand (fotógrafo, realizador do filme HOME, fundador da GoodPlanet Foundation), na entrevista à Association Santé Environnement France, da qual traduzi o fragmento que se segue:


«"Salvar o planeta", "preservar o ambiente", isso já não significa nada! Hoje, precisamos de uma espécie de revolução. Ela não será política, porque temos as políticas que merecemos. O político corajoso que vai tomar decisões difíceis, ainda não está lá. Vivemos numa democracia, e tudo o que não temos vontade de fazer, a política não o vai fazer... A revolução não será científica. Claro, vão-se inventar novos sistemas de energia limpa. Mas não vão substituir 85 milhões de barris de petróleo por dia por turbinas eólicas ou painéis solares. Portanto, é realmente necessário aprender a gastar menos energia para viver melhor com menos. Não vai ser uma revolução económica. A economia de hoje, já não a conseguimos controlar, as crises económicas vão-se suceder. O que precisamos é praticamente uma revolução espiritual. Não no sentido religioso, mas sim no sentido moral e ético. Como homem de hoje, sei o que se passa no mundo, como a minha vida quotidiana impacta o planeta ... então, eu devo perguntar-me o que posso fazer para reduzir o meu impacto? Bem, esse é o tipo de revolução que deve ocorrer e de que ainda estamos longe ... 
Foto de Erwan Sourget, obtida aqui
A ecologia deve estar inscrita no ADN de tudo o que fazemos diariamente e ainda não entrou nos costumes. Ainda estamos num mundo onde cada vez de consome mais, onde se crê que quanto mais crescimento, melhor para a economia. E, no fim de contas, isso não é bom para o planeta! Portanto, permanecemos estagnados na negação, porque sabemos que um dia não haverá mais recursos, e aí então como é que vamos fazer? Isso é preocupante. Dois mil milhões de pessoas vivem como nós, cinco mil milhões gostaria de viver como nós ... Não há madeira suficiente, petróleo suficiente, não pode ser. É impossível.» Yann Arthus Bertrand

O "Earth Overshoot Day" é uma data aproximada, estimada dividindo a biocapacidade do planeta pela pegada ecológica mundial, e multiplicando por 365.

domingo, 18 de agosto de 2013

"Aceitam o desafio?"

O desafio de que falamos foi-me enviado pela amiga Ana Teresa, partilhando uma linda mensagem que uma amiga lhe enviou. Vale a pena ler e refletir! Aqui fica o texto, acompanhado de algumas tiras do Armandinho, adorável personagem de Alexandre Beck:

«Queridos amigos!

 Prometi ao Artur, que nasceu no dia 8 de Julho, que tudo iria fazer para tornar este seu novo mundo um óptimo local para ele viver.

A promessa que fiz é válida não só para o Artur mas também para o Diogo e para o Miguel, que nasceram uns dias depois, para a Luísa que está quase aí, para a Carolina e para a Marta, para a Maria, para o Simão, para a Sofia, para o Xavier, para a Alice, para o Francisco, para o Jaime, para a Ana, para a Leonor, para a Inês, para o David, para o João, para o André, para o Gonçalo, para a Andreia e para TODAS as outras crianças deste Mundo e as que em breve cá estarão.

Tornar este seu novo Mundo um ÓPTIMO local para viverem pode parecer ambicioso demais, tendo em conta que milhões de crianças não têm ainda o que comer, continuam sem acesso a água potável e saneamento, sem uma cama onde possam dormir, sem acesso à Educação, a Cuidados de Saúde e à Justiça, e muitas nunca viveram um dia de Paz, mas eu acredito que É POSSÍVEL! É possível se todos acreditarmos, por isso lutarmos e para isso contribuirmos!



E é por isso que vos escrevo este e-mail.
Escrevo-vos porque acredito que pequenos gestos podem fazer a diferença.
Escrevo-vos porque acredito que o nosso bem-estar individual depende do bem-estar colectivo e que o bem-estar colectivo dependente das nossas acções individuais.
Escrevo-vos porque acredito que cada um tem poder para mudar o seu mundo e que todos juntos temos poder para mudar o Mundo.
Escrevo-vos porque considero que todos temos o dever moral e a responsabilidade de não comprometer a sobrevivência e o futuro das crianças e das futuras gerações de seres humanos e de todos os seres com quem partilhamos o planeta.

E o que vos proponho é simples: REFLECTIR.

Reflectir sobre as vossas escolhas e actos.
Podem fazê-lo neste momento, se o desejam, mas a minha proposta (e pedido!) é que tentem reflectir sobre as vossas escolhas e actos, ao longo do dia, dos dias, dos meses, SEMPRE.
Os nossos gestos, assim como as nossas escolhas, por mais insignificantes que pareçam, podem ter um poder destrutivo enorme. E se analisarmos um pouquinho, chegaremos todos à conclusão que nos últimos dois séculos, o acumular de pequenos e aparentemente insignificantes e irreflectidos gestos, contribuíram para que hoje nos deparemos com problemas ambientais enormes, injustiças sociais gritantes, inseguranças e ódios. E estes não são problemas que não nos dizem respeito, problemas a uma escala global para os quais nada podemos fazer. Estes são problemas globais que foram criados a uma escala local e se fazem sentir a uma escala local. À escala à qual todos temos acesso e todos contribuímos diariamente. Por isso, SIM, todos podemos (e devemos!) fazer qualquer coisa! Até porque se os nossos gestos e escolhas podem ser devastadores, o seu poder regenerador e curativo pode ser igualmente inimaginavelmente grande.

Mas reflectir exactamente sobre o quê?




Reflectir sobre as PALAVRAS que proferimos diariamente. Sobre o que dizemos e como o dizemos. Sobre a motivação inerente a cada palavra. Uma palavra tem o poder de ferir, mas também o de curar e fazer sorrir. E o Mundo precisa de sorrisos!

Reflectir sobre a nossa INDIFERENÇA E CONIVÊNCIA perante a injustiça. Perante leis e decisões (nacionais e internacionais) que favorecem minorias em detrimento da maioria. Perante a forma como são criados grande parte dos animais para consumo humano, privados da luz do dia e da liberdade, condenados a viver em condições miseráveis e tratados como máquinas de procriar.

Reflectir sobre a nossa INDISPONIBILIDADE perante alguém que necessita de uns minutos de atenção e um pouco de carinho. Sobre a nossa indisponibilidade para amar incondicionalmente. Sobre a nossa DIFICULDADE EM ACEITAR que os outros (todos os outros seres humanos), tal como nós, só querem é ser felizes.





Reflectir sobre as nossas ESCOLHAS “banais” do dia-a-dia:

  • o que comemos (ex.: foi produzido localmente? de uma forma sustentável? infligiu sofrimento a algum ser? é bom para a saúde? contribui para a economia nacional? como vem embalado? contem organismos geneticamente modificados);
  • o que vestimos e calçamos (ex.: onde foi fabricado? com materiais sustentáveis? num país com leis ambientais apertadas? numa fábrica que não recorre a trabalho infantil nem escravo? é a minha aparência mais importante que o bem-estar de outros seres?);
  • os produtos que utilizamos na higiene diária (ex.: são inócuos e biodegradáveis? foram testados em animais? quais as alternativas sustentáveis?);
  • a água que consumimos (ex.: está a ser desperdiçada? poderíamos reduzir o seu consumo? contaminamo-la com óleos ou produtos químicos? estamos conscientes do privilégio que é abrir a torneira e ter água potável à disposição? );
  • o meio de transporte que utilizamos (ex.: é a nossa alternativa viável mais sustentável?; a escolha é reflexo da indiferença e/ou comodismo ou da falta de opção?) o que compramos (ex. precisamos mesmo de comprar? foi fabricado onde? em que condições? haverá uma alternativa mais sustentável? é reutilizável? foi feito para durar?)


Reflectir sobre a nossa APATIA mórbida, que nos faz aceitar a violência (física e verbal), o ódio, o desrespeito e a intriga, tão comum nos filmes e séries, como algo normal.

Reflectir sobre a nossa DIFICULDADE EM ACREDITAR na mudança e num Mundo melhor, sobre a nossa FALTA DE ESPERANÇA generalizada e sobre como ela favorece a aceitação das mais absurdas acções e medidas praticadas e impostas por alguns.


Reflectir sobre o NOSSO PODER enquanto cidadãos deste Mundo, enquanto consumidores, eleitores e trabalhadores. De como podemos, com uma simples escolha, contribuir para a mudança.

Acredito que a reflexão nos dirá que TEMOS QUE MUDAR de postura, mudar de hábitos. Nos dirá, por muito que nos custe a aceitar, que embora de uma forma mais ou menos inconsciente e não desejada, temos todos contribuído (quer pela a acção, quer pela inacção) para a degradação ambiental do planeta, para a manutenção e agravamento das assimetrias sociais (não só a nível nacional, mas também internacional), para o sofrimento de muitos seres (humanos e não-humanos) e para a prepetuação do incessante conflito entre humanos. Acredito que a reflexão nos dirá que uma mudança de postura é não apenas desejável, mas IMPERATIVA!

Bem sei que mudar de hábitos é não é coisa fácil. Mas é bastante mais fácil do que nos fazem crer. Requer apenas uma condição: QUERER! E “querer” é uma capacidade inerente a qualquer um de vós, independentemente da idade, sexo, nível de escolaridade ou económico. Nada que não esteja ao alcance de cada um.

E se ainda vos é difícil pensar numa mudança pelo bem-estar colectivo, pensem numa mudança pelo vosso bem-estar e pelo bem-estar daqueles que vos são próximos: filhos, netos, sobrinhos, primos, filhos de amigos.

Pensem que, se nada fizerem, estes seres que vos são tão queridos, terão que lidar em breve com conflitos e problemas ambientais, para os quais não contribuíram, mas que lhes trarão inevitavelmente sofrimento. E estes conflitos e problemas ambientais não são ameaças abstractas, vazias de sentido, inatingíveis a quem tem dinheiro e vive num país dito “desenvolvido”. Não, são ameaças reais que afectarão todos. Violência, insegurança, falta de água potável, eventos meteorológicos extremos, acesso limitado a medicamentos naturais e escassez da alimentos são apenas algumas dessas ameaças. O rol é imenso.


Considero que quem coloca uma criança neste mundo e nada faz para o melhorar, ou pior ainda, contribui diariamente para a sua destruição, longe de praticar um acto de amor pratica um acto de egoísmo.

E fazer algo para o melhorar não pode resumir-se a uma acção ou escolha pontual. Requer uma intervenção diária, porque o Mundo não é estático nem imutável. Requer uma atenção, um esforço e uma determinação constante, tal como nós precisamos de água, comida e amor todos os dias!

Por isso, meus queridos amigos, DESAFIO-VOS à reflexão e à mudança. Desafio-vos à descoberta e à criação de um novo Mundo: um Mundo mais justo, tolerante, compassivo, igualitário e pacífico, onde os sete mil milhões de seres humanos e todos os seres vivos possam coexistir harmoniosamente. Um Mundo repleto de sorrisos.

A tarefa não é fácil, mas É POSSÍVEL! Basta querem!
Beijos e Abraços!
Fiquem MUITO bem!
Rita»

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Permacultura - Viver sustentavelmente (1)

Permacultura -  viver sustentavelmente...  projetando ecossistemas que imitam a natureza

Bealtaine Cottage (Irlanda) - O terreno 9 anos antes, e depois da permacultura (http://bealtainecottage.com/)
O texto que se segue é a tradução (livre) da primeira parte um folheto sobre permacultura de Sandy Cruz and Jerome Osentowski, cujo original pode ser obtido na página de CRMPI.org . Espero em breve poder publicar a tradução da parte do folheto relativo aos princípios de design. A imagem acima é uma fotomontagem feita com imagens de Bealtaine Cottage, na Irlanda, que exemplifica a transformação ocorrida em 9 anos com a aplicação prática da permacultura.



Permacultura, uma combinação das palavras permanente e agricultura, oferece uma abordagem única para a prática de agricultura, pecuária, jardinagem e modo de viver sustentáveis.
A Permacultura mostra como observar a dinâmica dos ecossistemas naturais. Podemos aplicar este conhecimento na concepção de ecossistemas construídos que atendem às necessidades das populações humanas sem degradar o nosso ambiente natural. Sítios de permacultura integram plantas, animais, paisagens, estruturas e os seres humanos em sistemas simbióticos onde os produtos de um elemento servem as necessidades de outros.

Uma vez estabelecido, um sistema de permacultura pode ser mantido usando um mínimo de materiais, energia e trabalho. Através da reciclagem de "desperdícios" de recursos de volta para o sistema, também minimiza a poluição. Serve necessidades humanas de forma eficiente mediante a incorporação de espécies úteis e de alto rendimento. Um sistema de permacultura é projetado para ser diversificado, de modo que se um elemento falhar, o sistema tem estabilidade e resiliência suficiente para prosperar. Isto dá um maior potencial do que um sistema convencional para a estabilidade económica a longo prazo.

A permacultura foi desenvolvida na Austrália no final dos anos 1970 por Bill Mollison e David Holmgren. Desde então, tem crescido e transformou-se num movimento popular internacional. A permacultura é uma mistura única de práticas tradicionais e conhecimento científico, de sabedoria intemporal e ideias inovadoras, de estratégias testadas ao longo dos tempos e de informações úteis provenientes de todo o mundo. Locais de demonstração da permacultura abrangem todo o globo.

Sistemas de Permacultura foram estabelecidos em todas as escalas, desde grandes quintas a apartamentos, de fazendas a subúrbios, em cidades, jardins, escolas e comunidades. Eles estão a ser bem sucedidos em vários climas, incluindo nos trópicos, desertos, montanhas e costas.


 Ilustraçãode Carol Jenkins, otida em CRMPI


A agricultura norte-americana está numa encruzilhada. Temos conseguido notável produtividade, mas não abordamos algumas das consequências das nossas práticas agrícolas correntes. Os custos da erosão do solo, da poluição da água, da incerteza económica e do desaparecimento da agricultura familiar, ainda tem de ser completamente avaliados. Há uma consciência crescente de que temos de mudar profundamente o pensamento e as práticas. Em vez de explorar os recursos naturais até que eles se esgotem, temos de aprender a compreender a natureza, a partilhar a sua abundância, e ajudar a orientar o processo. Muitas pessoas estão a perceber que, além de considerar ganhos de curto prazo, a agricultura americana deve-se concentrar em reinvestir no futuro.

A pedra angular da filosofia de permacultura é transformar problemas em oportunidades e "resíduos" aparentes em recursos. O escoamento de estrumes estagnados, por exemplo, pode ser uma fonte de poluição da água subterrânea. A pecuária pode evitar essa contaminação e aumentar suas receitas por meio da compostagem do estrume, criando vermes neles, e vendendo ambos os vermes e o composto acabado.

Este folheto mostra como aplicar os princípios básicos da permacultura e como estratégias específicas podem ser um benefício na agricultura, pecuária, jardinagem e modo de viver de forma sustentável. »

Nota (18/9/2013): continua aqui.