sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O amigo açafrão-da-terra

«O açafrão-da-terra (Curcuma longa), conhecido também como cúrcuma, turmérico, raiz-de-sol, açafrão-da-índia, açafroa e gengibre amarelo, é uma planta herbácea da família do gengibre (Zingiberaceae), originária da Ásia (Índia e Indonésia). Dela se obtém uma especiaria homónima que é o principal componente do tempero pó de caril. Sua característica principal é a forte cor amarela que transfere aos alimentos.
Imagem obtida aqui
Da sua raiz seca e moída se extrai o pó, conhecido simplesmente por açafrão, utilizado como condimento ou corante de cor amarela e brilhante, na culinária e no preparo de medicamentos.»
Fonte: Wikipedia

Não confundir o açafrão-da-terra com o açafrão-verdadeiro, condimento caríssimo extraído das flores da planta Crocus sativus.

Já nos diagramas apresentados por William Li na mensagem "Comer para matar o canco à fome", o açafrão-da-terra (turmeric) aparece como um alimento anti-angiogénico (anti-cancro).

Cada vez são mais numerosos os artigos que dão conta dos inúmeros benefícios para a saúde desta poderosa raiz amarela, como por esxemplo este texto de 2014:
tradução do original em inglês de "Authority Nutrition", onde os estudos de base estão em números com os links.

"Vários estudos - a maioria originários da Índia, Europa e Austrália - mostram que o açafrão-da-terra, e especialmente a sua componente curcumina, podem ajudar a prevenir ou tratar uma ampla gama de tipos de cancros, doenças inflamatórias, problemas auto-imunes, doenças neurológicas, incluindo a doença de Alzheimer, doenças cardiovasculares, diabetes e neuropatia diabética, entre outras doenças metabólicas."
Fonte: David Templeton / Pittsburgh Post-Gazette "Research points to health benefits of turmeric", 2/6/2015

Claro que não será "A Cura para todos os males", como se intitula o vídeo abaixo, que, no entanto, vale a pena ver. O bom senso deve imperar e os exageros evitados. Como em tudo, há que ter precauções e assegurar-se de que não será desaconselhado consumir este condimento (ver, por exemplo, aqui e aqui).




Nota: "curry" = caril
Alguns dos estudos sobre as propriedades do açafrão-da-terra são referidos em:
http://ligadasaude.blogspot.pt/2011/07/o-poder-do-acafrao.html
https://umm.edu/health/medical/altmed/herb/turmeric


sábado, 24 de outubro de 2015

Externalidades

"A economia convencional é uma forma de lesão cerebral

"A natureza desempenha todo o tipo de serviços que são vitais para a saúde do planeta. 
Os economistas chamam-lhes externalidades. 
Isso é de loucos! "

David Suzuki

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Pimento patenteado! ... onde vamos parar?

Comunicado da Plataforma Transgénicos Fora:

«Instituto Europeu de Patentes atribui patente a planta convencional
UM PIMENTO IGUAL AOS QUE TODOS CONHECEMOS... AGORA É PROPRIEDADE PRIVADA DA SYNGENTA

22 de outubro de 2015 - O Instituto Europeu de Patentes (IEP) em Munique concedeu à gigante suíça da área das sementes, Syngenta, uma patente que abrange o pimento e os seus usos "como um produto fresco, produto fresco cortado, ou para processamento, como por exemplo, a conservação em lata" (EP 2 166 833 B1). As plantas foram desenvolvidas para produzir pimentos sem sementes e são provenientes de cruzamentos normais, usando a biodiversidade existente. Esta variedade não foi produzida através de engenharia genética e como tal é totalmente natural - resultou de séculos de atividade agrícola por um sem número de produtores e não foi "inventada" por nenhuma empresa.

A lei europeia proíbe a concessão de patentes para processos de cruzamento convencional. Mas apesar disso o IEP continua a patentear plantas e suas características, sementes e ainda frutos provenientes de tais processos. Ao fazê-lo transgride a legislação mas serve os seus próprios interesses, uma vez que as receitas deste instituto aumentam com cada patente atribuída.

"Passo a passo, patente a patente, as multinacionais estão a tomar o controlo da nossa alimentação quotidiana. No futuro poderemos ter até de pedir permissão antes de cortar um pimento em peçados", diz Christoph Then da coligação No Patents on Seeds! (Não às patentes sobre sementes!). "Agora a Syngenta pode impedir qualquer pessoa de cultivar e colher este pimento, de o vender ou de o usar em mais cruzamentos. A privatização da nossa alimentação levanta preocupações profundas e pede uma resposta clara e urgente por parte do poder político."

Ações políticas estão já a ser desenvolvidas a vários níveis. Por exemplo, há mais de um ano, a Comissão Europeia criou um grupo de trabalho para discutir patentes sobre cruzamento convencional. São esperados resultados dentro das próximas semanas mas a maioria dos observadores está cética de que a Comissão Europeia tome medidas com vista a uma mudança real.

Contudo os governos europeus podem agir diretamente através do Conselho Administrativo do IEP, que actua como órgão supervisor. E podem assim aprovar novas regras, de carácter vinculativo, para melhor interpretação das proibições existentes e que garantam o seu cumprimento.

"Temos de reforçar as proibições existentes. Patentes para variedades de plantas e para métodos de cruzamento convencional são proibidas a nível europeu. O Conselho Administrativo do IEP pode decidir como aplicar essas proibições eficazmente e assim travar futuras patentes de cruzamento convencional", disse François Meienberg da Declaração de Berna, uma organização não-governamental humanitária. "Os governos europeus não deviam esperar mais, uma vez que o IEP continua a conceder mais e mais patentes sobre a nossa alimentação quotidiana. Eles têm de agir nas duas frentes, junto do IEP e da Comissão Europeia", acrescentou.

E Portugal? Segundo Margarida Silva, da Plataforma Transgénicos Fora, "Portugal tem tudo a perder. Podemos compreender que países como a Suíça ou a Alemanha, onde as multinacionais como a Sygenta e a Bayer estão sediadas, defendam o atual apoio incondicional aos interesses da indústria. Mas a agricultura portuguesa vai fazer o quê, quando deixar de poder guardar e cruzar sementes e tiver de pagar direitos de autor por cada pé de tomate, de bróculo ou de pimento? Esperemos que o próximo governo perceba que tem de se envolver neste assunto, e com urgência."

Um apelo recente da aliança internacional No Patents on Seeds! para impedir estas patentes é apoiado por várias centenas de organizações em toda a Europa. A aliança No Patents on Seeds! foi criada pela Bionext (Países Baixos), The Berne Declaration (Suíça), GeneWatch (Reino Unido), Greenpeace, Misereor (Alemanha), Development Fund (Noruega), No Patents on Life (Alemanha), Red de Semillas (Espanha), Rete Semi Rurali (Itália), Réseau Semences Paysannes (França), e Swissaid (Suíça) e é apoiada por mais de 300 outras organizações que, em Portugal, incluem a Plataforma Transgénicos Fora e a Campanha Pelas Sementes Livres, entre outras. Estas organizações exigem uma clarificação da Lei Europeia de Patentes de forma a excluir de patenteamento todo o material de melhoramento genético, plantas, animais e alimentos derivados.

A patente em questão: http://tinyurl.com/patentepimento»

A Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura integrada por onze entidades não-governamentais da área do ambiente e agricultura (AGROBIO, Associação Portuguesa de Agricultura Biológica; CAMPO ABERTO, Associação de Defesa do Ambiente; CNA, Confederação Nacional da Agricultura; CPADA, Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente; GAIA, Grupo de Ação e Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente; Associação IN LOCO, Desenvolvimento e Cidadania; LPN, Liga para a Proteção da Natureza; MPI, Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente e QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da Natureza) e apoiada por dezenas de outras. Contactos: info@stopogm.net e www.stopogm.net

sábado, 17 de outubro de 2015

Humanos Resistentes aos Factos

O texto que se segue é uma sátira de um comediante, portanto não é uma notícia e muito menos se baseia em factos reais ou científicos. Mas, são será que, no fundo, é verdade?

Imagem obtida aqui
«MINNEAPOLIS (The Borowitz Report) - Cientistas descobriram uma nova e poderosa linhagem de seres humanos resistentes aos factos, que estão a ameaçar a capacidade da Terra para manter a vida, relata um novo estudo preocupante.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Minnesota, identifica uma estirpe virulenta de seres humanos que são praticamente imunes a qualquer forma de conhecimento verificável, deixando os cientistas sem saber como combatê-los.

"Estes seres humanos parecem ter todas as faculdades necessárias para receber e processar informação", disse Davis Logsdon, um dos cientistas que contribuíram para o estudo. "E, no entanto, de alguma forma, eles desenvolveram defesas que, para todos os efeitos, mantém essas faculdades totalmente inativas."  Mais preocupante, disse Logsdon: "À medida que os factos se multiplicaram, as suas defesas contra esses fatos tornaram-se mais poderosas."

Enquanto os cientistas não têm compreensão clara dos mecanismos que impedem os seres humanos resistentes aos factos de absorver os dados, eles teorizam que a estirpe pode ter desenvolvido a capacidade de interceptar e descartar a informação em curso do nervo auditivo até o cérebro. "As funções normais da consciência humana foram completamente anuladas", disse Logsdon.

Enquanto reafirmava as avaliações pessimistas do estudo, Logsdon mantinha a esperança de que a ameaça dos seres humanos resistentes aos factos poderia ser atenuada no futuro. "A nossa pesquisa é muito preliminar, mas é possível que eles se tornem mais receptivos aos factos se forem colocados em ambientes sem comida, água ou oxigénio", disse.»


Andy Borowitz  é um escritor americano, comediante, humorista e ator. Autor premiado na categoria "humor"  do New York Times, e criador da sério "O Príncipe de Bel-Hair", é conhecido por ter criado a coluna satírica The Borowitz Report, que tem milhões  de leitores e que foi adquirida pelo The New Yorker.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Somos o que comemos

Imagem daqui
"Que seu remédio seja seu alimento,
 e que seu alimento seja seu remédio"
Hipócrates

Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro), recomendo a Grande Reportagem da SIC "Somos o que Comemos", que podem ver em: http://sicnoticias.sapo.pt/somosoquecomemos

E também um extracto (abaixo) da palestra de Michael Pollan "Como cozinhar pode mudar a sua vida" (aqui completo).



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

"Cowspiracy" em Famalicão a 16/10

O Segredo da Sustentabilidade

Documentário será exibido em Vila Nova de Famalicão no dia 16 de outubro de 2015, Dia Mundial da Alimentação.

Na Casa do Território, Parque da Devesa, às 21h30,

Esta é a primeira das sessões AMBIENTAR-SE, com filme de cariz ambiental e debate, uma iniciativa do Município de Vila Nova de Famalicão em parceria com instituições locais ligadas à proteção do ambiente.

Gratuito, entrada livre (até à lotação da sala)
Informações: parquedadevesa@vilanovadefamalicao.org / 252 374 184

Esta sessão é promovida pelo Grupo Famalicão em Transição, e conta com a participação da Quercus - Núcleo Regional de Braga para o debate.

O documentário "Cowspiracy - The Sustainability Secret", de Kip Andersen e Keegan Kuhn (EUA, 2014, 85 min), revela o impacto devastador que a pecuária industrial provoca no ambiente.

Sobre o filme ver: aqui

terça-feira, 6 de outubro de 2015

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Contra o TTIP - 3 milhões de assinaturas

"3 milhões de assinaturas em toda a Europa. TODOS os países EXCEPTO PORTUGAL, Letónia, Estónia e Lituânia atingiram o número mínimo de assinaturas. Faltam 1000 assinaturas até amanhã para o nosso país. Conseguimos?" Via Oikos

"Com a participação de todos estamos a conseguir chegar ao quorum nacional! Já assinaste? Pede aos teus amigos e amigas que assinem também!" Via STOP TTIP

 «A União Europeia pretende em breve para assinar dois acordos comerciais de longo alcance: um com os Estados unidos (TTIP = Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento) e outro com o Canadá (CETA = Acordo Económico e Comercial Global Canadá-UE).  A versão oficial é que vão criar empregos e aumentar o crescimento económico. No entanto, os beneficiários desses acordos não são de facto os cidadãos, mas as grandes multinacionais.» (daqui)

Saiba mais sobre o TTIP e sobre a Iniciativa de Cidadania Europeia contra o TTIP e CETA em https://www.nao-ao-ttip.pt/  ou aqui  , e consulte o mapa de quórum de assinaturas.

Assine a petição contra o TTIP  ali ao lado direito, ou em  https://www.nao-ao-ttip.pt/assina-a-iniciativa-de-cidadania-europeia/